Após cinco dias de paralisação da produção de Etanol, os trabalhadores do setor industrial da Usina Caeté S/A, unidade Paulicéia, decidiram retornar ao trabalho na sexta-feira (12). A decisão foi tomada por aclamação em assembléia, e contou com a intermediação do Sindetanol, da procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Renata Aparecida Crema Botasso, e do diretor regional da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Paulo Lopes.
Os trabalhadores que aderiram à greve iniciada às 00h30 de segunda-feira (8), buscavam um novo posicionamento da direção da empresa em relação à pauta de reivindicações da Campanha Salarial e Social 2013-2014 e algumas questões de relacionamento interno entre encarregados de setor e trabalhadores.
Entre outros assuntos, os trabalhadores estavam insatisfeitos com a posição da empresa em não discutir novos benefícios sociais, um melhor reajuste salarial, além do tratamento dispensado aos trabalhadores que, em alguns casos, segundo os trabalhadores, gera discriminação por parte dos encarregados e dificuldades em relação às condições de trabalho.
Este resultado final, que estabeleceu o fim da greve, foi fruto de um longo trabalho de mobilização e união entre o Sindetanol e os trabalhadores grevistas, que sempre buscaram uma negociação.
Na manhã de sexta-feira (12), foi realizada votação secreta, com lista de presença, identificação nominal de trabalhadores e comprovação por documento. Nesta etapa do processo, a maioria dos trabalhadores rejeitaram a proposta anterior da empresa, fazendo opção pela continuidade da greve. No total foram 381 votos, divididos em 231, que optaram pela manutenção da greve e 150 favoráveis ao retorno das atividades.
Porém, após muito diálogo e um exercício de negociação entre representantes da empresa, do Sindetanol e MPT, as negociações avançaram. A empresa reconheceu algumas dificuldades e apresentou nova proposta, incluindo outros benefícios aos trabalhadores, posicionamento este que resultou no fim da greve.
Com o resultado da assembléia com votação mediada pelo MPT, agora, cabe aos trabalhadores ficarem atentos ao cumprimento do acordo feito e, em especial, em sintonia com o Sindetanol, para sanarmos qualquer irregularidade ou descumprimento das propostas feitas pela empresa.
Para o presidente do Sindetanol, Milton Ribeiro Sobral, o resultado final da greve trouxe ganhos para todos, pois, segundo Sobral, “além das conquistas sociais dos trabalhadores, a empresa também vivenciou uma situação nova, em que as insatisfações dos trabalhadores foram demonstradas publicamente, e essa experiência deve servir como parâmetro para um novo posicionamento em relação aos trabalhadores”.
Conheça os benefícios conquistados pelos trabalhadores.
- Reajuste salarial de 8%, retroativo à 1º de maio, data-base da categoria.
- Auxílio-creche durante 15 meses correspondente a até 50% do piso salarial
- Auxílio para os trabalhadores com filho excepcional de até 60% do piso salarial (mediante apresentação de atestado médico)
- Complementação do salário e do 13º para os empregados que precisarem se afastar do serviço e que estiverem recebendo da Previdência Social um valor inferior àquele que ganhavam pela usina.
- Bonificação de R$ 300, 00 aos trabalhadores até dezembro de 2013
- Implantação, a partir de 2014, do programa de participação nos lucros e resultados (PLR) que renderá no mínimo R$ 200,00 para cada empregado.
- Os dias de paralisação não serão descontados dos salários dos grevistas.
22/12/2023
Sindetanol encerra 2023 com conquistas ao lado dos trabalhadores e reforça necessidade de união Trabalhadores(as)
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